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Joe Biden: falta de memória ou “falta de classe”?

Joe Biden refutou, em conferência de imprensa, as acusações de falhas de memória
Joe Biden refutou, em conferência de imprensa, as acusações de falhas de memória
MANDEL NGAN/AFP/Getty Images

Nomeado pela atual Administração, o doador republicano Robert Hur investigou a alegada retenção indevida de documentos por Joe Biden. Concluiu que não havia matéria para julgamento, mas ofereceu um trunfo a Donald Trump, lembrando, mais uma vez, que o Presidente dos Estados Unidos é idoso e esquecido

Joe Biden: falta de memória ou “falta de classe”?

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

O procurador especial Robert Hur, responsável por investigar a retenção ilegal de documentos secretos conduzida por Joe Biden, concluiu, num relatório de quase 400 páginas, que nenhum crime foi cometido pelo Presidente dos Estados Unidos. A conclusão era mais ou menos esperada, dada a colaboração total do suspeito, que, logo após a publicação daquele documento, lembrou isso mesmo. “Não coloquei nenhum entrave à investigação”.

O esclarecimento relaciona-se com a distinção entre este episódio e os vários que envolvem o provável candidato republicano às presidenciais de novembro, Donald Trump, acusado de obstruir a Justiça nos vários casos em que é alvo e sobre os quais aguarda pelos menos quatro julgamentos. A surpresa, porém, surge na página cinco do parecer. Doador para campanhas conservadoras — entre elas a protagonizada por John McCain, quando tentou chegar à Casa Branca em 2008 —, Hur justificou que não formalizava a acusação porque “o senhor Biden provavelmente surgiria perante um júri em tribunal, tal como surgiu perante nós, como um simpático e bem-intencionado idoso com má memória”.

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