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Trump é o (muito) provável vencedor das primárias. Ou Nikki Haley pode ainda contrariar todas as certezas dos republicanos?

Nikki Haley, candidata republicana às eleições presidenciais de 2024
Nikki Haley, candidata republicana às eleições presidenciais de 2024
EVELYN HOCKSTEIN/Reuters

Para já, nada nas sondagens indica tal tumulto. Nikki Haley tem sido a surpresa da campanha para as primárias, porém as bases indefetíveis não se mexeram um milímetro. Mas há mais no partido republicano do que as franjas extremistas que invadiram o Capitólio, há quem queira uma pessoa à direita na economia, mas menos radical no aborto. Há quem goste das ideias de Haley para a política externa e há sobretudo quem esteja cansado do caos de Trump. Serão suficientes?

Trump é o (muito) provável vencedor das primárias. Ou Nikki Haley pode ainda contrariar todas as certezas dos republicanos?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A temporada das primárias começa esta segunda-feira no estado do Iowa, onde a sensação térmica na rua, segundo os sites de notícias que estão a acompanhar em direta o pontapé de saída da época mais frenética de atividade partidária nos Estados Unidos, está nos 40 graus abaixo de zero. As fotografias mostram mantos brancos por cima dos carros, das casas, ruas intransitáveis e atrasos nos transportes públicos.

O que são caucus?

O que se passa no Estado do Iowa não é exatamente “umas primárias”. O sistema através do qual republicanos e democratas escolhem os delegados que serão enviados à convenção nacional de cada partido (onde, aí sim, se escolhe o candidato final de cada partido à Casa Branca) é conhecido como “caucus”, uma espécie de reuniões partidárias onde se discutem os méritos dos candidatos e não é incomum haver pequenas reuniões de eleitores registados a tentarem convencer outros a votar num certo sentido.

Para os democratas, os candidatos normalmente precisam do apoio de pelo menos 15% dos eleitores presentes para se qualificarem para uma segunda rodada. Os apoiantes dos pré-candidatos que não atingem esse limite têm três opções durante essa segunda volta, que acontece logo após a primeira: podem acabar por escolher um dos candidatos que sobram, movimentando-se literalmente para o lado da sala onde estão os apoiantes desse candidato; podem não votar; ou, e daí os grupinhos, podem tentar convencer os seus pares a impulsionar um pré-candidato para a barreira dos 15%. No caso dos republicanos é igual, apenas não existe um limite mínimo que os pré-candidatos devam atingir para obter delegados.

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