Exclusivo

EUA

Professor de Direito americano ao Expresso: “O 6 de janeiro lembra a ascensão de Hitler”

Apoiantes de Donald Trump vandalizaram o Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021
Apoiantes de Donald Trump vandalizaram o Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021
SAUL LOEB/AFP/Getty Images

Há três anos, na tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas presidenciais de 2020, uma turba de apoiantes de Donald Trump invadia a sede do poder legislativo, em Washington. No começo do ano que pode levá-lo de novo à Casa Branca, o Expresso falou com Lawrence Douglas, que aconselhou administrações republicanas e democratas e ensina Direito na Universidade Amherst, Massachusetts

Professor de Direito americano ao Expresso: “O 6 de janeiro lembra a ascensão de Hitler”

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

Lawrence Douglas, ex-conselheiro jurídico de administrações republicanas e democratas, é professor de Direito na Universidade Amherst, Massachusetts, instituição privada com mais de 200 anos, onde estudaram personalidades como o ex-Presidente Calvin Coolidge e o Nobel da Economia Joseph Stiglitz. Em entrevista ao Expresso, no terceiro aniversário da invasão do Capitólio, em Washington, reflete sobre o dia que marcou o fim da Administração de Donald Trump, mas cristalizou um “movimento supremacista branco”, que olha para ele como “uma espécie de messias”.

Três anos após a invasão do Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, surpreende-o que a extrema-direita permaneça como a principal ameaça à segurança dos Estados Unidos?
Diria que é chocante, mas não surpreendente, como o facto de Donald Trump se manter como criatura política viável. Muitos pensaram que não resistiria ao 6 de janeiro. Recorde-se a quantidade de discursos proferidos contra ele em pleno Senado, logo após o controlo da rebelião naquele dia. Mitch McConnell [líder republicano na Câmara Alta do Congresso] destacou-se nesse capítulo. A questão é que hoje percebemos que o Partido Republicano cometeu um erro enorme ao não viabilizar a segunda tentativa de destituição. Julgaram que Trump estava acabado para a política e não quiseram alienar a sua base de apoio.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: correspondenteusa@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate