EUA

Aliado de Trump condenado por obstrução à investigação do ataque ao Capitólio

Peter Navarro (à direita na imagem) com os então Presidente Donald Trump e vice-presidente Mike Pence, numa imagem de 2020
Peter Navarro (à direita na imagem) com os então Presidente Donald Trump e vice-presidente Mike Pence, numa imagem de 2020
MANDEL NGAN/AFP/Getty Images

Navarro foi considerado culpado de se recusar, em 2022, a comparecer e fornecer documentos ao comité da Câmara dos Representantes que investigava os acontecimentos de janeiro de 2021

Peter Navarro, ex-assessor económico e aliado de Donald Trump, foi considerado culpado, esta quinta-feira, de obstrução ao poder. Tinha-se recusado a cooperar com a comissão do Congresso que investigou o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021.

O juiz Amit Mehta definiu a data da sentença de Navarro para 12 de janeiro de 2024. Outro antigo conselheiro do antigo presidente dos Estados Unidos, Steve Bannon, já fora condenado, pelos mesmos crimes, a quatro meses de prisão em 2022, mas recorreu.

Navarro foi considerado culpado de se recusar, em 2022, a comparecer e fornecer documentos ao comité da Câmara dos Representantes que investigava os acontecimentos de janeiro de 2021. Nesse dia, centenas de apoiantes de Trump invadiram o Capitólio, sede do Congresso, na tentativa de impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais de 2020.

Mal deixou o tribunal, Navarro anunciou a intenção de recorrer, defendendo que um “conselheiro sénior da Casa Branca não poderia ser forçado a testemunhar perante o Congresso”, sob pena de violar a “separação de poderes” executivo e legislativo. O ex-assessor de Trump pode ser condenado entre 30 dias e um ano de prisão, além de enfrentar uma multa de até 100 mil dólares (93 mil euros).

A comissão de inquérito recomendou, no seu relatório de dezembro de 2022, após 18 meses de trabalho, a abertura de processos criminais contra Trump, em particular por apelar à rebelião e conspirar contra instituições americanas. O ex-Presidente foi indiciado em agosto por um tribunal federal de Washington e depois pelos tribunais do Estado da Geórgia, por tentativas alegadamente ilícitas de obter a reversão dos resultados das eleições de 2020.

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