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Incêndios no Canadá: dois mil quilómetros de uma penumbra “assustadora” 

A baixa de Washington, fotografada a 8 de junho de 2023 e envolvida pelo fumo dos incêndios no Canadá
A baixa de Washington, fotografada a 8 de junho de 2023 e envolvida pelo fumo dos incêndios no Canadá
AMANDA ANDRADE-RHOADES

Do norte do Quebec, no Canadá, à Carolina do Norte, nos Estados Unidos, há uma cortina de fumo que mal deixa respirar 75 milhões de pessoas. Em cidades como Boston ou Nova Iorque teme-se que esta manifestação climática extrema (mais uma) se vulgarize, pois os “fogos florestais serão cada vez mais destruidores”

Incêndios no Canadá: dois mil quilómetros de uma penumbra “assustadora” 

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

Em vésperas de uma competição de culturismo, Michael Ting faz tudo para deixar a pele colada aos músculos como se fosse celofane. O sacrifício é tal que, para acelerar o processo de queima de gordura e libertação de água, multiplica as sessões de cardio.

Ontem à noite, por exemplo, insistiu numa caminhada junto ao Rio Carlos, que separa Boston de Cambridge. Menos de um quilómetro depois, este americano de 39 anos, um exemplo de boa saúde, foi obrigado a parar. “Sentia labaredas nos pulmões”, recorda ao Expresso. “Era naquela fronteira que o Presidente Trump devia ter construído um muro”, parodia, referindo-se à fronteira com o Canadá, de onde, nos últimos dias, flui uma cortina de fumo que cobre grande parte da costa leste dos Estados Unidos, do Maine à Carolina do Norte - mais de 1300 quilómetros em linha reta -, condicionando a vida de 75 milhões de pessoas.

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