EUA

DeSantis inicia campanha presidencial no Iowa enquanto intensifica críticas a Trump

Ron DeSantis é definitivamente um dos grandes vencedores das midterms de 2022. Venceu a sua corrida na Flórida e pode ser um sério rival de Trump em 2024
Ron DeSantis é definitivamente um dos grandes vencedores das midterms de 2022. Venceu a sua corrida na Flórida e pode ser um sério rival de Trump em 2024
GIORGIO VIERA

O candidato republicano DeSantis continua a sua corrida à Casa Branca, arrancando a sua campanha no Iowa e com mais críticas ao ex-Presidente Donald Trump

Ron DeSantis lançou na terça-feira uma campanha em vários estados norte-americanos para promover a sua candidatura às presidenciais de 2024 que conta como principal rival republicano o ex-Presidente Donald Trump.

Dirigindo-se a cerca de 500 pessoas reunidas numa igreja suburbana de Des Moines, no Iowa, Ron DeSantis apresentou a campanha que vai decorrer em três estados dos EUA, com 12 paragens programadas para quatro dias, terminando o final da semana em New Hampshire e Carolina do Sul.

A aparição ocorre seis dias após um anúncio no Twitter da candidatura à Casa Branca, marcado por problemas técnicos, que se tornou tema de piadas públicas de Donald Trump.

Trump também questionou sobre a capacidade do governador da Flórida de se relacionar pessoalmente com os eleitores e focou as críticas na liderança de DeSantis como governador da Flórida durante a pandemia.

O ex-Presidente, na plataforma própria para comunicar com os seguidores, disse que a Flórida era "o terceiro pior Estado [norte-americano] em mortes por covid".

"Então, por que dizem que DeSantis fez um bom trabalho? Nova Iorque teve menos mortes!", escreveu Donald Trump.

Nos últimos dias, DeSantis questionou a forma de Trump lidar com a pandemia e o seu histórico na justiça criminal, considerando ser "um projeto de lei de fuga" aquele que Trump assinou (em 2018) para reduzir as sentenças mínimas obrigatórias de prisão federal e permitir um caminho para infratores não violentos reduzirem o tempo de prisão.

Como membro do Congresso, DeSantis votou a favor de uma versão inicial da medida, mas deixou o Congresso depois de ser eleito governador e antes da aprovação do projeto de lei final.

DeSantis também acusou Trump de erradamente "entregar o país a Fauci", referindo-se a Anthony Fauci, ex-diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas que liderou a resposta à pandemia da covid-19 no país.

A campanha de DeSantis às presidenciais foi anunciada há uma semana, em 24 de maio, durante uma conversa online no Twitter com Elon Musk, dono da rede social, e que ficou marcada por problemas técnicos que dificultaram a audição do anúncio em tempo real.

"O declínio americano não é inevitável - é uma escolha", disse DeSantis durante o áudio acompanhado de falhas.

"E devemos escolher uma nova direção - um caminho que levará à revitalização americana", considerou.

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