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Ron DeSantis: o “conservador dos conservadores” procura “transplante de personalidade”?

O lançamento da candidatura de Ron DeSantis no Twitter, com Elon Musk, foi um fiasco tecnológico
O lançamento da candidatura de Ron DeSantis no Twitter, com Elon Musk, foi um fiasco tecnológico
Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images

Em queda nas sondagens, o governador da Florida apresentou a candidatura às presidenciais de 2024 com pompa, percalços e circunstância. Após o “bizarro” lançamento no Twitter, foi forçado a multiplicar-se em entrevistas e a fazer-se à estrada para explicar ao que vem, apresentando-se como grande general da guerra cultural americana, à direita de Donald Trump, o “líder indiscutível do Partido”, sinal de que um eventual pós-trumpismo será mais duro do que a corrente original

Ron DeSantis: o “conservador dos conservadores” procura “transplante de personalidade”?

Ricardo Lourenço

Correspondente nos EUA

Ron DeSantis, 44 anos, quis ser diferente. Em vez de apostar num comício ou iniciativa promovida por gigantes mediáticos, cedeu à rede social Twitter o anúncio da candidatura à nomeação pelo Partido Republicano para as presidenciais de 2024. Numa conversa com Elon Musk, dono da rede social, da SpaceX e da Tesla, o governador da Florida projetou uma imagem distinta de políticos veteranos, caso do maior rival interno, Donald Trump (76 anos), ou do chefe de Estado americano, Joe Biden (80 anos), eventual adversário democrata na corrida à Casa Branca.

Porém, meia hora de falhas técnicas persistentes adiaram a revelação, até que DeSantis a confirmou, num áudio quase impercetível. “Sei qual foi o problema”, diz ao Expresso Al Park, um dos humoristas com mais trabalho na região da Nova Inglaterra. “Musk chegou por fim a Marte, e levou DeSantis. Foi de lá que fizeram o direto.”

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