O Governo dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que vai reforçar a luta contra o trabalho infantil, onde o número de menores a trabalhar ilegalmente aumentou 69% desde 2018.
No último ano orçamental, o Departamento do Trabalho identificou 835 empresas com 3800 menores a trabalhar ilegalmente e apurou uma subida de 26% do número de crianças a desempenhar tarefas perigosas.
Estas são "tendências alarmantes", como já apontou a Casa Branca, que acompanham o afluxo nos EUA de crianças vindas da América Central e do Sul, em fuga da violência ou da pobreza, na sua maioria sem acompanhante adulto.
O Departamento do Trabalho vai inspecionar de forma mais focada a aplicação da lei, em particular nas regiões e setores onde as infrações são mais frequentes, bem como as empresas que recorrem a agências de fornecimento de trabalhadores, que recorrem ao trabalho infantil.
Nos EUA, o trabalho de menores é autorizado a partir dos 14 anos, com um número limitado de horas para as crianças com menos de 16 anos para que possam continuar a ir à escola. Em contrapartida, é proibido o trabalho dos menores em atividades e setores perigosos.
O “New York Times” publicou no sábado o resultado de uma investigação que mostra a presença crescente de menores migrantes, por vezes com 12 anos, em vários setores da economia dos EUA, designadamente das fábricas de automóveis à construção civil, passando pelos serviços de entrega.
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