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Senado. Geórgia na mente de todo um país

Agradecimento, num prédio de Nova Iorque, a Stacey Abrams, a democrata que em 2018 esteve prestes a ser governadora da Geórgia e que agora foi crucial na mobilização de votantes
Agradecimento, num prédio de Nova Iorque, a Stacey Abrams, a democrata que em 2018 esteve prestes a ser governadora da Geórgia e que agora foi crucial na mobilização de votantes
Erik McGregor / Getty Images

Eleição de dois senadores democratas dá alento a Biden e ilustra tendências demográficas e eleitorais

Senado. Geórgia na mente de todo um país

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Donald Trump queria mais 11.780 votos na Geórgia, tendo ido ao ponto de pressionar ao telefone o responsável pelas eleições naquele estado do sul, para que o ajudasse a reverter a vitória de Joe Biden, a primeira de um candidato presidencial democrata na Geórgia em 28 anos. Brad Raffensperger resistiu e a revelação do telefonema caiu muito mal junto do eleitorado. Isso e a insistência do ainda Presidente na tese da fraude eleitoral terão contribuído para a derrota dos dois senadores que o seu Partido Republicano tinha na Geórgia, e que disputaram a segunda volta na terça-feira. A consequência é que Biden governará mais aliviado: com 50 cadeiras para cada partido, o voto de desempate pertence à presidente do Senado, que será, por inerência, a vice-presidente Kamala Harris.

Em novembro David Perdue fora o mais votado numa disputa com o democrata Jon Ossoff e o libertário Shane Hazel, mas não alcançou os 50% (por 13.947 sufrágios, teve 49,73%). Na segunda volta Ossoff bateu-o por uma margem (50,31%-49,69%) que nem permite pedir recontagem. Na outra disputa (extraordinária, por demissão de um senador), o pastor Raphael Warnock bateu Kelly Loeffler, também na segunda volta (50,8%-49,2%), e vai ser o primeiro negro a representar a Geórgia na câmara alta do Congresso. Já a republicana desistiu de contestar as presidenciais após a invasão trumpista do Capitólio (ver texto ao lado).

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