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EUA. Campanha de Trump desiste de principal queixa no processo judicial na Pensilvânia que disputa resultados eleitorais

EUA. Campanha de Trump desiste de principal queixa no processo judicial na Pensilvânia que disputa resultados eleitorais
Mark Makela / Getty Images

Advogados republicanos retiraram parte a alegar que mais de 682 mil votos teriam sido contados “em segredo”, uma ideia que outros advogados do partido já contrariam num processo paralelo no mesmo estado

EUA. Campanha de Trump desiste de principal queixa no processo judicial na Pensilvânia que disputa resultados eleitorais

Tiago Soares

Jornalista

No domingo, a campanha do Presidente Donald Trump retirou uma parte central do seu processo judicial que pretendia parar a certificação dos resultados eleitorais no estado da Pensilvânia, onde o candidato democrata Joe Biden teve uma vitória importante para se tornar o próximo Presidente dos Estados Unidos.

A alegação da equipa jurídica de Trump era de que mais de 682 mil votos por correio tinham sido processados sem a supervisão de representantes democratas, sendo assim ilegais. No entanto, em contagem decrescente para a audiência desta terça-feira, esta queixa foi retirada.

O processo mantém-se e foi apresentado este domingo no tribunal federal: o objetivo continua a ser que o estado da Pensilvânia não reconheça oficialmente a vitória de Biden, mas a argumentação prende-se apenas com a ideia de desvantagem, dado que em alguns condados eleitores democratas foram autorizados a corrigir erros nos seus boletins para que não fossem desqualificados, explica o “Washington Post”. Os condados dizem que estes casos foram muito poucos.

Segundo Cliff Levine, advogado que representa o Partido Democrata no caso, disse no domingo que tão poucos boletins “não teriam qualquer impacto no total da contagem nem na vitória de Joe Biden sobre Donald Trump”. Biden, recorde-se, venceu o estado com uma diferença de mais de 70 mil votos.

Tim Murtaugh, diretor de comunicações da campanha de Trump, escreveu em comunicado que a intenção ainda era disputar mais de 682 mil boletins que teriam sido “contados em segredo” - apesar de essa parte do processo ter sido retirada. Num processo legal separado na cidade de Filadélfia, pertencente à Pensilvânia, advogados republicanos já reconheceram que o partido tinha observadores durante a contagem dos votos, algo que é reforçado pela administração de Tom Wolf, governador do estado.

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