EUA

Quatro esfaqueados perto da Casa Banca na noite das eleições

Quatro esfaqueados perto da Casa Banca na noite das eleições
Alex Wong/Getty Images

Polícia de Washington procura três suspeitos após ataque contra membros da milícia de extrema-direita Proud Boys. Vítimas são três homens e uma mulher que estavam num bar perto da residência oficial do Presidente

Quatro esfaqueados perto da Casa Banca na noite das eleições

Pedro Cordeiro

Enviado aos Estados Unidos

Quatro pessoas foram esfaqueadas quarta-feira de madrugada em Washington, após uma noite eleitoral quase sempre pacífica. O incidente terá acontecido entre as 2h e 3h locais (7h às 8h em Portugal) nas proximidades da Casa Branca, entre a rua 14 e a Avenida Nova Iorque Noroeste.

Essa esquina fica a seis quarteirões da Praça Black Lives Matter, zona central da cidade onde se concentraram milhares de ativistas entre a tarde e noite de terça-feira. À hora do esfaqueamento, porém, a maioria já desmobilizara, conforme o Expresso verificou no local.

As vítimas do esfaqueamento são uma mulher e três homens, que afirmaram à polícia serem membros da milícia de extrema-direita Proud Boys. Contam ter sido atacados por três elementos do grupo antirracista Black Lives Matter, mas a polícia da capital americana não confirma este último dado. Levados para um hospital, os quatro atacados tinham ferimentos ligeiros.

A polícia informou estar à procura de três suspeitos, dois homens vestidos de preto e uma mulher de roupa escura e leggings laranja. A altercação deu-se num bar. Toda a área estava sob policiamento reforçado, sem trânsito automóvel e com barreiras físicas a vedar o acesso às zonas contíguas à residência presidencial. O dispositivo de segurança manter-se-á ao longo desta quarta-feira.

Durante a tarde de terça-feira houve momentos de tensão a que o Expresso assistiu, entre ativistas anti-Trump e os raros apoiantes do Presidente que ali passaram. A polícia fez pelo menos três detenções. O Expresso assistiu a uma delas, ao fim da tarde, enquanto uma banda tocava música num camião e um cordão policial evitava que alguns dos presentes subissem para o veículo. Noutro momento o rebentamento de um aparato que deixou uma densa nuvem de fumo levou dezenas a fugir, correndo.

A certa altura da noite passou brevemente pela zona um grupo de 100 ativistas sem afiliação clara, que além das máscaras anti-covid usadas por quase toda a gente tinham os olhos tapados, capuzes e guarda-chuvas negros. Falando bruscamente com os jornalistas, rejeitavam ser filmados ou fotografados. Pouco depois dispersaram sem causar tumultos de monta.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcordeiro@expresso.impresa.pt

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