“Mais oito anos!”, grita um deles, enquanto aguarda pacientemente que a fila se mexa, que avance. “Eles ficam zangados quando dizemos mais oito anos”. “Eles” são os Democratas. “Zangados" porque, claro, Trump só pode ficar mais quatro. A fila é imensa, tão grande como a provocação. E razoavelmente variada: latinos, mulheres, muitas mulheres. Vêem-se poucos negros. Mas muitos, muitos brancos. “White, suburban”, como é próprio desta zona da Pensilvânia.
Donna, uma mulher que veio sozinha “por amor” a Donald, lembra o dia em que o ouviu pela primeira vez: “Meu Deus, quem está a falar?” Foi em 2015, nas primárias republicanas, que ela se apaixonou e decidiu que ia voltar a votar. Agora, repetirá: “Ele acabou com o pântano” - o da política à antiga de Washington. “Se eles ganharem será a nossa última semi-eleição. Espero que um dos filhos dele se candidatem em 2024, sabe?”
Na fila, um pouco atrás, está um homem vestido de Capitão América - assim mesmo, da cabeça aos pés.
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