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EUA 2020. Pela Estrada Fora #15: cartazes em Times Square, as (falsas) surpresas de Hunter Biden e o QAnon a caminho do Congresso

Um cartaz do The Lincoln Project mostra Ivanka Trump a apresentar o número de nova-iorquinos e americanos que morreram de covid-19 e o marido Jared Kushner junto de uma citação que lhe atribuída pela "Vanity Fair"
Um cartaz do The Lincoln Project mostra Ivanka Trump a apresentar o número de nova-iorquinos e americanos que morreram de covid-19 e o marido Jared Kushner junto de uma citação que lhe atribuída pela "Vanity Fair"
Noam Galai

A menos de dez dias da eleição presidencial, a campanha está a ferro e fogo. Afiam-se as facas para as surpresas de última hora que podem surgir, como as ligadas ao filho de Joe Biden. Obama mergulha na campanha e o Michigan (cheio de milícias armadas) está ao rubro. Como se não bastasse, há uma candidata do QAnon que não acredita no 11 de setembro com o lugar no Congresso praticamente garantido. Jogam-se todos os trunfos e só a primeira-dama parece estar desaparecida em combate, como Jackie Kennedy. Bem, na verdade, nem sequer como Jackie — é melhor ler para perceber

Cátia Bruno

Chamam-lhes os Never Trumpers e já aqui falámos deles no “Pela Estrada Fora”. Voltamos, contudo, ao assunto, porque dentro da direita norte-americana há quem esteja de olhos colados neste movimento para perceber a influência que terá nesta eleição. O "Washington Examiner" destacou na semana passada uma sondagem da Political IQ em que 12% dos eleitores deixaram claro que gostariam que o candidato republicano fosse mais “tradicional” do que Donald Trump. Se em 2016 havia quem achasse que o estilo do candidato era apenas estratégia eleitoral e que, com o tempo, ele se tornaria mais “presidencial”, em 2020 não há dúvidas de que Trump é Trump e continuará a ser Trump.

Isso preocupa alguns republicanos, que, mais do que nunca, ponderam votar pela primeira vez num candidato democrata. E, sabendo disso, o movimento Lincoln Project aumenta a pressão nestas últimas semanas de campanha. Na quinta-feira, o grupo estreou dois anúncios gigantes em Times Square que têm como alvo dois dos rostos mais “simpáticos” da administração Trump: a filha, Ivanka Trump, e o seu marido, Jared Kushner.

No caso de Ivanka, a imagem aproveita uma campanha que a norte-americana fez a uma marca de feijões (a Goya) e substituiu a lata pelo número de mortes já provocadas pela covid-19. No caso de Kushner, é usada uma citação em que o empresário diz que os nova-iorquinos vão “sofrer” pela resposta à pandemia que tem sido dada pelo seu governador e que isso é “um problema deles”. A frase foi relatada por uma fonte anónima em março e Kushner nega alguma vez tê-la dito.

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