Chamam-lhes os Never Trumpers e já aqui falámos deles no “Pela Estrada Fora”. Voltamos, contudo, ao assunto, porque dentro da direita norte-americana há quem esteja de olhos colados neste movimento para perceber a influência que terá nesta eleição. O "Washington Examiner" destacou na semana passada uma sondagem da Political IQ em que 12% dos eleitores deixaram claro que gostariam que o candidato republicano fosse mais “tradicional” do que Donald Trump. Se em 2016 havia quem achasse que o estilo do candidato era apenas estratégia eleitoral e que, com o tempo, ele se tornaria mais “presidencial”, em 2020 não há dúvidas de que Trump é Trump e continuará a ser Trump.
Isso preocupa alguns republicanos, que, mais do que nunca, ponderam votar pela primeira vez num candidato democrata. E, sabendo disso, o movimento Lincoln Project aumenta a pressão nestas últimas semanas de campanha. Na quinta-feira, o grupo estreou dois anúncios gigantes em Times Square que têm como alvo dois dos rostos mais “simpáticos” da administração Trump: a filha, Ivanka Trump, e o seu marido, Jared Kushner.
No caso de Ivanka, a imagem aproveita uma campanha que a norte-americana fez a uma marca de feijões (a Goya) e substituiu a lata pelo número de mortes já provocadas pela covid-19. No caso de Kushner, é usada uma citação em que o empresário diz que os nova-iorquinos vão “sofrer” pela resposta à pandemia que tem sido dada pelo seu governador e que isso é “um problema deles”. A frase foi relatada por uma fonte anónima em março e Kushner nega alguma vez tê-la dito.
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