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EUA 2020. Pela Estrada Fora #5: o primeiro escândalo sexual da campanha, vigilantes e milícias e o poder da televisão

Em Filadélfia, dois festivaleiros registam-se para votar
Em Filadélfia, dois festivaleiros registam-se para votar
Kevin Mazur

Grupos armados pululam em torno do Presidente — que continua a insistir na necessidade de “vigiar” as assembleias de voto para evitar “fraude” —, incluindo a milícia do Michigan que está agora acusada de tentativa de rapto da governadora local. Neste “Pela Estrada Fora” damos ainda um pulo a um Arizona roxo, olhamos para o primeiro escândalo sexual a rebentar nesta campanha e recordamos a mestria dos anúncios televisivos de Eisenhower. Ah! E ainda falamos sobre os mais jovens: o que pensa a Geração Z destes candidatos?

Cátia Bruno

Filadélfia é uma cidade norte-americana histórica — e, nesta eleição, tudo aponta para que continue presa a esse adjetivo. A primeira menção à cidade foi feita no debate presidencial entre Donald Trump e Joe Biden, quando o Presidente em funções avançou que os seus observadores voluntários teriam sido impedidos de participar na verificação do processo eleitoral inicial naquele local. “Acontecem coisas más em Filadélfia”, disse Trump à altura, enigmaticamente, no mesmo debate em que deixou aos Proud Boys, um conhecido grupo de extrema-direita que apoia este Presidente, a mensagem “recuem e estejam a postos”.

Tecnicamente, os observadores pró-Trump não foram impedidos de viajar as assembleias de voto no próximo dia 3 de novembro, como explica o Politico, tendo sido apenas proibidos de entrar num escritório da Comissão Eleitoral. Mas, tendo em conta que a campanha dos republicanos tem insistido no ponto de uma possível fraude eleitoral — para a qual ninguém apresentou ainda provas inequívocas — e está há meses a tentar recrutar um grupo com mais de 50 mil observadores voluntários, é de esperar que outros incidentes tensos possam vir a ocorrer até ao dia da votação ou no próprio dia 3.

O Presidente tem apelado a uma mobilização massiva dos seus apoiantes nesse sentido, tweetando frequentemente a pedir para que se juntem ao que chama de “Exército de Trump”.

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