Donald Trump saiu do hospital na noite de segunda-feira, para regressar a uma Casa Branca “fantasma”, com o menor número de pessoas possível à sua volta — mas que, mesmo assim, já fez com que vários funcionários fossem colocados em quarentena. Trump surgiu à janela e, perante as câmaras, tirou a máscara que trazia na cara. O que, a acompanhar o tweet que tinha feito horas antes a pedir aos norte-americanos para não deixarem a covid “dominar” as suas vidas, foi o equivalente a tirar as luvas. Trump está de volta e tenciona regressar ao combate político: retratando o seu embate com a doença como algo de ligeiro, pode assim reforçar a ideia de colocar o foco mais na economia do que no combate ao vírus. A campanha está de volta — se é que alguma vez parou de facto ao longo destes três dias.
Joe Biden e a sua equipa decidiram suspender os anúncios televisivos com ataques a Trump enquanto este esteve internado, mas fica a dúvida sobre se irão regressar, agora que o Presidente já está em casa. Certo é que na noite de segunda-feira, numa paragem de campanha em Miami, Biden aproveitou para tirar também as luvas e deixar o tom mais conciliatório para trás: “Penso que uma pessoa que contrai o vírus depois de ter dito que as máscaras não interessam e que o distanciamento social não interessa é responsável por aquilo que lhe acontece”, desferiu. “As máscaras importam”, reforçou, para contrair a ideia do tweet do Presidente.
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