A utilização de postos de combustíveis e de uma rede de hotéis e motéis dispersos por diversas cidades do estado brasileiro de São Paulo para lavar dinheiro ilícito do Primeiro Comando da Capital (PCC), considerada a maior organização criminosa do Brasil, foi denunciada esta quinta-feira no âmbito de uma investigação do Ministério Público e da Receita Federal daquele país.
A operação desencadeada na manhã desta quinta-feira, revelou, segundo o jornal “O Globo”, que a organização criminosa utilizou 267 postos de combustíveis, 98 lojas franqueadas do grupo O Boticário, 60 motéis e vários empreendimentos imobiliários.
Na maioria, as ligações ao PCC passavam pelo recurso a testas de ferro que atuavam em nome da rede de tráfico de drogas e que terão movimentado cerca de R$ 450 milhões entre 2020 e 2024, à volta de 72 milhões de euros.
Segundo o jornal “Estado de São Paulo”, citando o Ministério Público estadual, “foi desmontado um intrincado esquema colocado em prática por organizações criminosas investigadas de participação fraudulenta no setor de combustível, com infiltração de integrantes da facção PCC, lesando não apenas os consumidores que abastecem seus veículos, mas toda uma cadeia económica”.
O jornal brasileiro explica ainda que também foram descobertas ligações “entre a organização criminosa e empresas de hotelaria, postos de combustível e instituições de pagamento, que mantinham contabilidades paralelas para dificultar o rastreamento dos recursos financeiros”.
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