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Brasil: suicida que se fez explodir em frente ao Supremo Tribunal vestiu-se de Joker e queria matar juiz Alexandre de Moraes

Brasil: suicida que se fez explodir em frente ao Supremo Tribunal vestiu-se de Joker e queria matar juiz Alexandre de Moraes
TOM MOLINA/Reuters

Às 19h30, Francisco Wanderley Luiz aproximou-se da entrada do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, e atirou dois artefactos explosivos. Depois, deitou-se no chão, colocou outro sobre a cabeça e explodiu. Não se moveu mais. Já a democracia brasileira voltou a estremecer. Só agora começam a surgir mais informações: o atacante tinha explosivos em casa e queria matar o juiz que investiga as milícias digitais

O fato era verde e estampado com os símbolos das cartas do baralho, talvez numa alusão à personagem do Joker. Primeiro, Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, filiado ao Partido Liberal, o mesmo do ex-Presidente Jair Bolsonaro, começou por fazer explodir remotamente uma bomba caseira, amarrada a tijolos, que se encontrava na mala do seu carro, estacionado junto da Câmara dos Deputados, com matrícula do estado de Santa Catarina, conhecido pela concentração de eleitores de extrema-direita.

Apenas 18 segundos depois desta primeira explosão, o ex-candidato com o número 22222 a vereador pela cidade de Rio do Sul, atirou dois artefactos acesos em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, fez-se explodir. Ficou mais de 12 horas estendido à frente da estátua cega da Justiça. A Polícia Federal abriu um inquérito, porque o assunto pode ser mais grave do que se acreditou de início. Até agora considerada a ação de um lobo solitário, novos rumos surgem conforme as averiguações avançam. Certo, por exemplo, é que Francisco Wanderley Luiz queria matar Alexandre de Moraes, o juiz que é inimigo número um dos extremistas brasileiros.

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