A duas semanas da votação, prevista para dia 30,e que decidirá o futuro Presidente do Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL) estão a postos para o debate que os colocará frente a frente.
Neste tudo ou nada Lula e Bolsonaro terão direito a uma hora de confronto. De acordo com as regras acordadas para o debate presidencial, Bolsonaro ficará do lado direito do palco e Lula, do esquerdo. No primeiro bloco, Lula e Bolsonaro farão perguntas entre si, com direito a respostas, réplicas e tréplicas, sendo que cada candidato terá 15 minutos para perguntas e respostas. O petista é quem iniciará o confronto.
No primeiro bloco do debate, os dois candidatos à presidência respondem a uma mesma pergunta. Cada um terá um minuto e meio. Em seguida, Bolsonaro e Lula terão 15 minutos, cada um, para usarem como quiserem.
No segundo bloco, quatro jornalistas fazem perguntas para os candidatos, que terão um minuto e meio para cada resposta. O terceiro bloco abre com uma pergunta única para os presidenciáveis responderem em um minuto e meio.
Na sequência, Lula e Bolsonaro terão 15 minutos, cada um, para usarem livremente. No final, cada candidato terá um minuto e meio para considerações finais.
Sobre este debate, o jornalista e escritor brasileiro Jamil Chade declarou à Lusa que a eleição do próximo Presidente do Brasil, no dia 30, "é a mais importante da história democrática do país", porque nas urnas decide-se sobretudo "o sonho democrático" dos brasileiros.
Para Jamil Chade, o Brasil, nunca teve uma democracia para todos os brasileiros e não será com o candidato da extrema-direita às presidenciais e atual Presidente do país, Jair Bolsonaro, que alcançará esse "sonho democrático", elo que a única alternativa é um não ao ‘bolsonarismo’ e o voto no seu opositor nas eleições de dia 30, o antigo Chefe de Estado, Luíz Inácio Lula da Silva.
Por isso, esta é para o jornalista a eleição "mais importante da história democrática desde os anos 80" no Brasil. "Ela não vai definir só quem é o próximo Presidente, vai definir quem nós somos. A urna está sendo o espelho da sociedade [brasileira] naquele momento", afirmou o jornalista premiado como correspondente internacional em Genebra, na Suíça, em entrevista à Lusa, a propósito do lançamento em Portugal do seu novo livro em coautoria com a colega de profissão, Juliana Monteiro, e que tem como título "Ao Brasil com amor".
Um livro que os dois autores assumem, em declarações à Lusa, ter sido planeado para sair em altura de eleições no Brasil, com o objetivo de ser também um contributo para uma campanha contra o "bolsonarismo”.
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