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“Com Bolsonaro o povo caiu de joelhos, com a cara no chão. É vital para o Brasil que o Lula ganhe, por mais corrupto que tenha sido”

“Com Bolsonaro o povo caiu de joelhos, com a cara no chão. É vital para o Brasil que o Lula ganhe, por mais corrupto que tenha sido”
TIAGO MIRANDA

Ao longo desta semana, o Expresso publica vários retratos de brasileiros a residir em Portugal, para saber o que pensam sobre o Brasil de hoje, como encaram estas eleições presidenciais e em quem pensam votar. Labaq, artista musical, saiu do Brasil e veio morar para Portugal mal Bolsonaro subiu ao poder e aqui deixa o seu testemunho na primeira pessoa

LABAQ, 34 ANOS

MÚSICA, PRODUTORA E COMPOSITORA

Sou uma pessoa não binária, que vive da música, natural de Franca, município do interior de São Paulo, no Brasil e estou a morar em Portugal desde Janeiro de 2020, pouco tempo antes da pandemia.

Decidi vir para cá logo em 2019 quando Bolsonaro subiu ao poder no Brasil. A situação ficou insuportável. Demorei um ano a planear tudo para essa grande mudança. Antes de Bolsonaro já estávamos a viver uma tremida da democracia, de grande vulnerabilidade e desconforto, por causa do golpe de Estado de 2016, que retirou Dilma do poder e deixou o país na corda bamba.

O Estado tremeu, o povo tremeu, e os artistas ficaram sem ter como viver. É sempre assim. Quando a sociedade treme, o público deixa de ter dinheiro e a primeira coisa em que se corta é na cultura. Não tem como. Os artistas são os primeiros que sofrem. Tudo piorou ainda mais com a chegada de Bolsonaro e da pandemia. O povo caiu de joelhos, desamparado, com a cara no chão.

E nós artistas deixámos de ter onde nos agarrar para poder sobreviver, ficámos sem condições para o mínimo de dignidade e subsistência. Os apoios existentes estatais eram quase nenhuns, o que provocou que a maioria da classe artística tivesse de mudar de profissão, ou viver de biscates.

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