Ásia

China lança novas manobras militares e avisa: "A independência de Taiwan significa guerra"

Em maio, durante os dois dias de manobras chinesas, Taiwan detetou um total de 111 aviões de guerra
Em maio, durante os dois dias de manobras chinesas, Taiwan detetou um total de 111 aviões de guerra
YASUYOSHI CHIBA

As Forças Armadas chinesas anunciaram novas manobras em torno de Taiwan, envolvendo unidades do exército, marinha, aviação e força de foguetões, falando de “um aviso sério às forças separatistas que procuram a independência da ilha”

A China advertiu esta terça-feira que os esforços para promover a independência de Taiwan vão resultar em "guerra", após lançar exercícios em grande escala que simulam um bloqueio da ilha.

"A independência de Taiwan significa guerra e a promoção da independência de Taiwan significa empurrar o povo de Taiwan para uma situação perigosa de conflito armado", declarou Zhu Fenglian, a porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan - responsável pelas políticas do Partido Comunista Chinês em relação a Taiwan - num comunicado.

As Forças Armadas chinesas anunciaram novas manobras em torno de Taiwan, envolvendo unidades do exército, marinha, aviação e força de foguetões, "num aviso sério às forças separatistas que procuram a independência da ilha".

"Estes exercícios centram-se principalmente em patrulhas de prontidão de combate mar - ar, ataques a alvos marítimos e terrestres e bloqueios em áreas-chave e rotas marítimas para testar a capacidade de operações conjuntas das nossas tropas", afirmou, em comunicado, o Comando do Teatro Oriental de Operações do Exército de Libertação Popular.

Os exercícios foram realizados depois de o líder de Taiwan, William Lai Ching-te, considerado um "independentista" e um "desordeiro" pelo Governo chinês, ter apelidado a China de "força externa hostil" e anunciado iniciativas para travar as operações de "infiltração" de Pequim na ilha.

Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949 e possui o seu próprio exército e um sistema político, económico e social, diferente do da República Popular da China, mas Pequim considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território.

A China intensificou nos últimos anos a pressão sobre o território, organizando com frequência exercícios militares de grande envergadura que simulam um bloqueio marítimo e aéreo da ilha.

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