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Confinados a campos de refugiados, os rohingyas lutam para que a sua memória coletiva não desapareça: este livro é uma arma

Uma menina rohingya assiste a uma aula de inglês, no campo de refugiados de Balukhali, no Bangladesh
Uma menina rohingya assiste a uma aula de inglês, no campo de refugiados de Balukhali, no Bangladesh
MOHAMMED KASIM / GETTY IMAGES

Sem prioridade na agenda política internacional e com a ajuda humanitária cada vez mais escassa, os rohingyas debatem-se com a sua sobrevivência física, mas também cultural. Para rebater o perigo de extinção, um refugiado anda pelos campos a recolher contos tradicionais que serão depois traduzidos e publicados. “Este livro é um meio de preservação cultural, mas também um ato de resistência contra as tentativas de apagar a nossa identidade rohingya”, diz ao Expresso

Margarida Mota

Jornalista

Nos últimos 50 anos, o povo rohingya tem sido visado por uma campanha de perseguição por parte do Estado birmanês que configura um caso de genocídio. A sua fragilidade começou na própria circunstância deste povo ser nativo de um dos estados mais pobres de Myanmar (antiga Birmânia).

Localizado na fronteira ocidental desse país, o estado de Rakhine — Arakan, segundo a tradição rohingya — fica encurralado entre a Baía de Bengala e a cadeia montanhosa de Arakan Yoma. Esse cerco geográfico isolou ainda mais esta minoria muçulmana — num país esmagadoramente budista — do resto da sociedade birmanesa.

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