Este sábado de manhã, Yoon Suk-yeol tinha pedido desculpa por ter declarado lei marcial no país.“ Lamento sinceramente e peço desculpa às pessoas, que devem ter ficado muito surpreendidas”, disse Yoon que alegou perigo vindo da Coreia do Norte e “forças contra o Estado”, mas o Parlamento aprovou a anulação dessa decisão do chefe de Estado e duas horas depois já não havia lei marcial em vigor.
Foram momentos tensos e incompreensíveis e o cenário mais provável continua a ser o da destituição, uma vez que se espera que os partidos da oposição se reagrupem e tentem introduzir uma segunda votação em breve, possivelmente já na quarta-feira.
Isso significa que Yoon poderia ser pressionado pelos membros do seu partido a tomar a a decisão de se demitir - uma medida que o pouparia à indignidade de ser forçado a abandonar o cargo através de um processo de destituição.
O projeto de lei de destituição do Presidente ficou aquém dos 200 votos (dois terços do hemiciclo) que precisava para ser aprovado. Os partidos da oposição, que em conjunto atingem os 192 deputados, precisariam que oito deputados do Partido do Poder Popular (PPP), o partido do Presidente, que está no poder, apoiassem esta iniciativa, mas o que se verificou foi que todos eles, à exceção de três, boicotaram a votação e não estiveram presentes durante a votação.
Os sul-coreanos têm vindo a manifestar-se pela destituição, e uma percentagem mais pequena a favor do Presidente. Chegaram a estar mais de 150 mil pessoas durante a trasmissão dos procedimentos de destituição, mas agora, segundo os correspondentes da BBC, as pessoas estão a começar a desmobilizar.
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