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Paquistão vai a votos sob tutela militar: polícia e militares tentam impedir vitória do partido de Imran Khan

Confrontos em Carachi entre manifestantes contra e a favor do partido de Imran Khan
Confrontos em Carachi entre manifestantes contra e a favor do partido de Imran Khan
REUTERS

Partido mais popular foi dissolvido e o seu líder está preso. Forças armadas e Estados Unidos são suspeitos de conluio para evitar a sua vitória, que tem motivado agitação entre os cidadãos

Javed Rana, correspondente em Islamabade

Dias antes das eleições gerais da próxima quinta-feira, dia 8, o Paquistão assiste a um surto anormal de violência nas províncias do noroeste e sul, que fazem fronteira com o Afeganistão e o Irão. Atentados terroristas têm atingido atos de campanha, matando e ferindo muitas pessoas nas últimas semanas. O maior partido da oposição — Movimento Paquistanês pela Justiça (PTI), do antigo primeiro-ministro Imran Khan, agora encarcerado ­— suspeita que o objetivo seja atemorizar a população e desencorajar a participação eleitoral.

“Porque derramam o sangue do povo? Se querem atrasar as eleições, arranjem outra justificação”, afirmou Rehan Zain Khan, candidato do PTI na região de Bajur, perto da fronteira afegã, dias antes de ser assassinado. Levantara suspeitas de que as forças armadas e serviços secretos militares incentivavam grupos radicais a atacarem partidos políticos. Após a sua morte, milhares de pessoas cercaram uma instalação militar local, entoando cânticos contra o exército e acusando-o do crime, além de tentarem invadir o edifício.

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