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“Nova guerra fria” em marcha na península coreana? Seul responde a provocações de Pyongyang junto ao Mar Ocidental

Residentes da ilha de Yeonpyeong num abrigo, depois da Coreia do Norte ter disparado sobre águas na costa ocidental, a 5 de janeiro de 2024
Residentes da ilha de Yeonpyeong num abrigo, depois da Coreia do Norte ter disparado sobre águas na costa ocidental, a 5 de janeiro de 2024
ONGJIN COUNTY OFFICE HANDOUT

Os disparos da Coreia do Norte junto à fronteira marítima com a Coreia do Sul - e a resposta que se seguiu - são resultado da “deterioração” das relações entre ambas as partes. O palco voltou a ser marítimo, depois do ataque a que Yeonpyeong foi sujeita em 2010. O académico Yangmo Ku descreve que há uma “nova guerra fria” a crescer em torno da península

“Nova guerra fria” em marcha na península coreana? Seul responde a provocações de Pyongyang junto ao Mar Ocidental

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

O ano arrancou com tensões renovadas na península coreana. A Coreia do Norte disparou na sexta-feira cerca de 200 tiros perto de uma fronteira marítima, que levou as autoridades sul-coreanas a darem ordens de evacuação aos residentes das ilhas de Yeonpyeong e Baengnyeong. A Reuters indicou que o sul respondeu também com disparos em direção à fronteira.

Yangmo Ku, professor associado de Ciência Política na Norwich University, entende que estas provocações são “bastante perigosas e podem levar a um escalar das tensões entre a Coreia do Norte e do Sul”, mas ressalva que são “apenas um sintoma da deterioração contínua das relações intercoreanas" desde 2019. Foi nesse ano que se deu – e falhou – a cimeira de Hanói, onde o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o então Presidente dos EUA, Donald Trump, se encontraram. Ku considera que desde então Pyongyang tem procurado aumentar as suas capacidades nucleares e de mísseis, em particular no seguimento da invasão da Ucrânia por parte da Rússia e da eleição de Yoon Seok-yeol como Presidente da Coreia do Sul.

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