O ano arrancou com tensões renovadas na península coreana. A Coreia do Norte disparou na sexta-feira cerca de 200 tiros perto de uma fronteira marítima, que levou as autoridades sul-coreanas a darem ordens de evacuação aos residentes das ilhas de Yeonpyeong e Baengnyeong. A Reuters indicou que o sul respondeu também com disparos em direção à fronteira.
Yangmo Ku, professor associado de Ciência Política na Norwich University, entende que estas provocações são “bastante perigosas e podem levar a um escalar das tensões entre a Coreia do Norte e do Sul”, mas ressalva que são “apenas um sintoma da deterioração contínua das relações intercoreanas" desde 2019. Foi nesse ano que se deu – e falhou – a cimeira de Hanói, onde o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o então Presidente dos EUA, Donald Trump, se encontraram. Ku considera que desde então Pyongyang tem procurado aumentar as suas capacidades nucleares e de mísseis, em particular no seguimento da invasão da Ucrânia por parte da Rússia e da eleição de Yoon Seok-yeol como Presidente da Coreia do Sul.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt