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Ex-Presidente da Argentina forçou a mulher a abortar, acusa a própria em tribunal

Capturas de ecrã apresentadas pela antiga primeira-dama argentina para sustentar as acusações que dirige ao marido
Capturas de ecrã apresentadas pela antiga primeira-dama argentina para sustentar as acusações que dirige ao marido
D.R.

Fabiola Yáñez detalhou em tribunal os episódios dos tipos de violência a que foi submetida durante oito anos de convivência com o ex-chefe de Estado. A antiga primeira-dama detalha episódios diários de violência reprodutiva, institucional, verbal, física e doméstica, além de constantes traições, acusando o médico presidencial de ter encoberto o inchaço no olho direito, consequência de um soco com que o marido a calou

Ex-Presidente da Argentina forçou a mulher a abortar, acusa a própria em tribunal

Márcio Resende

Correspondente na Argentina

A ex-primeira-dama argentina Fabiola Yáñez deslocou-se ao consulado argentino em Madrid, terça-feira, para prestar declarações à Justiça, através de audiência virtual, no processo penal por violência de género contra o ex-Presidente Alberto Fernández, que governou entre 2019 e 2023. Desde o final do mandato do agora ex-marido, a 10 de dezembro passado, Yáñez vive em Espanha, numa espécie de refúgio do ambiente tóxico que se tornou para si a vida na Argentina, controlada por ele.

Yáñez indicou ao Ministério Público informações precisas como nomes, datas e locais que comprovam as denúncias descritas um dia antes através de uma declaração escrita a que o Expresso teve acesso. Descreveu a sua vida conjugal como “um inferno”, em que as agressões propiciaram até o consumo excessivo de álcool e marijuana. Mencionou seis episódios desde 2016, três deles de “violência extrema”.

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