O referendo convocado por Nicolás Maduro sobre Essequibo, território administrado pela Guiana, mas disputado desde o período colonial, não travou a escalada diplomática entre a Venezuela e o país vizinho. O Presidente esteve tentado, durante semanas, a fazer desta disputa umas Malvinas venezuelanas — eco da guerra que há 41 anos opôs a Argentina ao Reino Unido, que venceu e manteve a soberania do arquipélago a que chama Falkland —, o que gerou grande preocupação no continente.
Para o regime chavista, abre-se uma “nova época histórica” com a aprovação, na consulta popular, da proposta de converter o território disputado (que corresponde a dois terços da Guiana) no 24º estado venezuelano, chamando-lhe Guayana Esequiba. Caracas insiste que a Guiana é um ocupante “de facto” do Essequibo, embora Caracas nunca tenha governado aqueles 159 mil quilómetros quadrados.
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