As quatro crianças colombianas resgatadas na selva já estão a receber tratamento em Bogotá e, apesar de estarem comunicativas, o seu prognóstico é reservado, segundo as primeiras informações oficiais.
O responsável do Comando Conjunto de Operações Especiais da Colômbia (CCOES), o general Pedro Sánchez Suárez, adiantou que as crianças foram transferidas para o Hospital Militar, "onde estão a ser tratadas física e psicologicamente", segundo o diário 'El Tiempo'.
As crianças foram transportadas de San José del Guaviare para Bogotá num avião ambulância da Força Aérea colombiana, juntamente com o pai e um dos avós, sob os cuidados de uma equipa de pediatras.
As crianças - de 13, nove, quatro anos e um bebé de 11 meses - viajavam com a mãe e um acompanhante num pequeno avião, um Cessna 206, que desapareceu dos radares em 1 de maio, nas imediações de San José del Guaviare, no sul do país, para onde se dirigia.
De acordo com as investigações, noticiadas pela Caracol Radio, o piloto comunicou por rádio que o motor do avião tinha falhado e, pouco depois, este aterrou nas copas das árvores, embatendo violentamente no chão, tendo sido encontrado em 8 de maio.
Os meios de salvamento recuperaram três corpos: o do piloto, o da mãe das crianças e o de um dirigente da comunidade indígena Uitoto.
A esperança de que as crianças pudessem ser encontradas com vida foi alimentada pela descoberta, na selva, de objetos pessoais, assim como de fruta parcialmente comida e de um biberão.
A descoberta de um "abrigo improvisado feito de paus e ramos" mantiveram os socorristas com esperança de que pudesse haver sobreviventes.
A selva é muito densa e perigosa nesta zona particularmente remota e as buscas são dificultadas pela presença de animais selvagens, árvores até 40 metros de altura e chuva intensa.
Mais de 100 militares com cães pisteiros estiveram envolvidos nas buscas, com a ajuda de membros da comunidade indígena.
A causa do acidente ainda não foi determinada.
O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou na rede social Twitter que as crianças terem aparecido vivas depois de 40 dias perdidas na selva "é uma alegria para todo o país!".
Para Gustavo Petro, os jovens da comunidade indígena Uitoto são um "exemplo de sobrevivência", prevendo que sua saga "ficará para a história".
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