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Chefe da diplomacia alemã apoiou meta de 5% em defesa, SPD não gostou: primeiro sinal de fricção na coligação ou mero arrufo?

Friedrich Merz, chanceler da Alemanha
Friedrich Merz, chanceler da Alemanha
Kay Nietfeld/picture alliance/Getty Images

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que a Alemanha está “pronta” para um aumento drástico das despesas com a defesa. Apesar de estarem em linha com a pressão de Trump e do secretário-geral da NATO, as declarações do governante da CDU não caíram bem junto de dirigentes do SPD, parceiro da coligação de Governo. Mas o desconforto com o “compromisso tático” do ministro não parece ser transversal no partido de centro-esquerda

Chefe da diplomacia alemã apoiou meta de 5% em defesa, SPD não gostou: primeiro sinal de fricção na coligação ou mero arrufo?

Hélder Gomes

Jornalista

No seu primeiro discurso como chanceler, no Parlamento, Friedrich Merz prometeu que a Alemanha teria “o maior Exército convencional da Europa”. Por isso, quando o ministro dos Negócios Estrangeiros, Johann Wadephul, declarou apoiar um aumento drástico das despesas com a defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), as suas palavras pareciam consentâneas com a orientação do Executivo.

Acontece que o Governo que iniciou funções no dia 6 é de coligação entre a tradicional aliança de centro-direita – a União Democrata-Cristã (CDU, de Merz) e o partido-irmão da Baviera, a União Social-Cristã (CSU) – e o Partido Social-Democrata (SPD, de centro-esquerda). Ora, o apoio declarado do chefe da diplomacia a uma nova meta para a defesa provocou incómodo entre os sociais-democratas.

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