
Recuperação. Depois de uma legislatura em que perdeu deputados, a extrema-direita alemã atinge mais de 30% de intenções de voto no leste
Recuperação. Depois de uma legislatura em que perdeu deputados, a extrema-direita alemã atinge mais de 30% de intenções de voto no leste
Jornalista da secção Internacional
A Alternativa para a Alemanha (AfD) é um “partido manta de retalhos”, que foi buscar simpatias “a muitas sensibilidades políticas diferentes”. Muitos dos eleitores que se destacam nas sondagens nacionais, que dão a esta força de extrema-direita números acima dos 20%, têm “frustrações que vão da subida do preço da energia à impossibilidade de adaptação à economia de mercado que surgiu com a reunificação e que criou várias assimetrias”. Mónica Dias, diretora do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, fala com o Expresso a partir de Berlim, onde se deslocou para reuniões com académicos, políticos e membros da sociedade civil. Conta que se nota bem, nos meios de comunicação social e nas conversas, a preocupação dos alemães com os números da extrema-direita.
Neste momento, a AfD conta com 20% a 23% de intenções de voto na maioria dos estudos de opinião a nível federal, ultrapassando os 35% nalguns estados do leste da Alemanha, como a Turíngia, que terá eleições no início de setembro, como outras duas regiões na quais está em primeiro lugar nas sondagens: Alta Saxónia e Brandeburgo.
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