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Extrema-direita sobe na Alemanha. É possível banir uma manta de retalhos?

Tino Chrupalla e Alice Weidel, respetivamente presidente e líder parlamentar da Alternativa para a Alemanha
Tino Chrupalla e Alice Weidel, respetivamente presidente e líder parlamentar da Alternativa para a Alemanha
Kay Nietfeld/Picture Alliance/Getty Images

Recuperação. Depois de uma legislatura em que perdeu deputados, a extrema-direita alemã atinge mais de 30% de intenções de voto no leste

Extrema-direita sobe na Alemanha. É possível banir uma manta de retalhos?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A Alternativa para a Alemanha (AfD) é um “partido manta de retalhos”, que foi buscar simpatias “a muitas sensibilidades políticas diferentes”. Muitos dos eleitores que se destacam nas sondagens nacionais, que dão a esta força de extrema-direita números acima dos 20%, têm “frustrações que vão da subida do preço da energia à impossibilidade de adaptação à economia de mercado que surgiu com a reunificação e que criou várias assimetrias”. Mónica Dias, diretora do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, fala com o Expresso a partir de Berlim, onde se deslocou para reuniões com académicos, políticos e membros da sociedade civil. Conta que se nota bem, nos meios de comunicação social e nas conversas, a preocupação dos alemães com os números da extrema-direita.

Neste momento, a AfD conta com 20% a 23% de intenções de voto na maioria dos estudos de opinião a nível federal, ultrapassando os 35% nalguns estados do leste da Alemanha, como a Turíngia, que terá eleições no início de setembro, como outras duas regiões na quais está em primeiro lugar nas sondagens: Alta Saxónia e Brandeburgo.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt

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