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Após dois anos de guerra civil, o futuro do Sudão escreve-se assim: “Conflito prolongado, erosão da soberania e volatilidade regional”

Acampamento de sudaneses que fugiram à guerra, a norte de Cartum
Acampamento de sudaneses que fugiram à guerra, a norte de Cartum
Osman Bakir/Anadolu via Getty Images

Numa guerra sem fim à vista, os dois generais desavindos que a precipitaram mostram ter abandonado “qualquer pretensão de restaurar um governo nacional unificado”. Pior: “Estão menos interessados em assegurar a paz do que em preservar o seu poder económico e militar”. O resultado é “um colapso humanitário de proporções históricas”, diz perito ao Expresso

Após dois anos de guerra civil, o futuro do Sudão escreve-se assim: “Conflito prolongado, erosão da soberania e volatilidade regional”

Hélder Gomes

Jornalista

Um número de mortos estimado entre as dezenas de milhares e os 150 mil ou mesmo 200 mil, treze milhões de deslocados – quase quatro milhões deles a atravessarem para países vizinhos –, metade da população a passar fome, relatos de atrocidades e crimes de guerra cometidos por ambas as partes do conflito. Dois anos após o início da guerra civil no Sudão, que se completam esta terça-feira, não há solução à vista para o que as Nações Unidas descrevem como “a pior crise humanitária do mundo”.

“Os civis pagam o preço mais alto”, lamentou o secretário-geral da ONU, António Guterres, num comunicado divulgado na véspera de se assinalar o segundo aniversário de “uma guerra devastadora”.

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