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Presidente reeleito da Tunísia prende ‘traidores’, “à boa maneira estalinista”, e segue modelo de Trump de “destruição das instituições”

O Presidente da Tunísia, Kaïs Saïed, e a sua mulher, Ichraf Saïed, depois de terem votado em Tunes, a capital do país, a 6 de outubro de 2024
O Presidente da Tunísia, Kaïs Saïed, e a sua mulher, Ichraf Saïed, depois de terem votado em Tunes, a capital do país, a 6 de outubro de 2024
Tunisia Presidency/Handout/Anadolu/Getty Images

Kaïs Saïed foi reconduzido, sem surpresa, com 90% dos votos, mas uma taxa de participação inferior a 30%. Para garantir a vitória em eleições descritas como “uma farsa”, tratou de dissolver o Parlamento, reescrever a Constituição à sua medida, controlar o poder judicial e reprimir a dissidência. Agora, “está a tentar estabelecer-se como um ditador, mas isso requer a destruição das instituições”, o que já começou a fazer no primeiro mandato, diz académico ao Expresso

Presidente reeleito da Tunísia prende ‘traidores’, “à boa maneira estalinista”, e segue modelo de Trump de “destruição das instituições”

Hélder Gomes

Jornalista

A reeleição de Kaïs Saïed para mais cinco anos na presidência da Tunísia foi tudo menos uma surpresa. As incógnitas das eleições deste domingo eram apenas a dimensão da vitória do incumbente (90,69%, segundo dados oficiais) e a taxa de participação (28,8%, abaixo dos 49% na primeira volta das presidenciais anteriores). Os outros dois candidatos autorizados a concorrer ficaram muito atrás: Ayachi Zammel, que está preso, obteve 7,35% dos votos, e Zouhair Maghzaoui não foi além de 1,97%.

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