O sétimo congresso da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) arranca esta quarta-feira em Alto Molócuè, na província da Zambézia. Durante dois dias, cerca de 700 congressistas vão escolher os novos órgãos e o presidente do maior partido da oposição de Moçambique. O líder que sair do congresso será também, se se cumprir a tradição, o candidato do partido às eleições presidenciais de outubro.
Ossufo Momade assumiu a presidência da Renamo interinamente após a morte do líder histórico Afonso Dhlakama em maio de 2018. No ano seguinte, Momade foi eleito presidente do partido em congresso, mas o seu mandato expirou a 17 de janeiro. Além de Momade, que se recandidata, estão na corrida outros nove dirigentes da Renamo – ou oito, uma vez que, na véspera do arranque dos trabalhos, o porta-voz do partido anunciou que o deputado Venâncio Mondlane fora excluído da lista por não cumprir os requisitos necessários.
O parlamentar e candidato da Renamo à autarquia de Maputo nas eleições de outubro do ano passado submeteu a sua candidatura à liderança da Renamo mesmo depois da aprovação, pelo conselho nacional do partido, do perfil de candidato que, entre outros requisitos, exige 15 anos de militância ininterrupta, o que não se verifica no seu caso.
Mondlane liderou dezenas de protestos contra os resultados das autárquicas, mas, à luz do novo perfil aprovado, fica de fora, já que só se juntou à Renamo em 2018, depois de abandonar o Movimento Democrático de Moçambique, o terceiro maior partido. O deputado refuta a sua exclusão e garante que estará presente no congresso, cuja segurança foi reforçada.
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