Uma investigação forense do projeto Sudan Witness partilhada com o Expresso mostra como desde que a guerra no Sudão começou, há um ano, pelo menos 108 povoações foram destruídas pelo fogo no quadro de um genocídio em curso na região do Darfur
Com o mundo ocidental focado no que se passa na Ucrânia e em Gaza, há um conflito em África que não tem tido a atenção que as suas consequências trágicas exigem. Desde que as forças dos generais al-Burjan e Hemedti começaram uma sangrenta luta pelo poder no Sudão, a 15 de abril do ano passado, acumulam-se indícios sobre uma campanha de limpeza étnica levada a cabo sobretudo na região do Darfur contra alguns povos não árabes, incluindo os masalitas. Estas atrocidades criaram um clima de terror, provocando um êxodo em massa da população civil. Mais de seis milhões de deslocados amontoam-se em regiões vizinhas e outros dois milhões procuraram refúgio no Sudão do Sul e no Chade.
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