Exclusivo

África

Guiné-Bissau: mutilação genital feminina “é uma dor para sempre”

Ação de sensibilização do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança
Ação de sensibilização do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança

A prática é crime no país lusófono desde 2011. Antes dessa data, fazia-se em cerimónias públicas

Texto e fotografias de Catarina Marques Rodrigues

Fatumata é uma das primeiras a chegar à redação, pelas 10 da manhã. Há um dia inteiro de emissões para planear e é preciso orientar as sete jornalistas da Rádio Mulher de Bafatá, o primeiro e único meio de comunicação da Guiné-Bissau feito só por mulheres. Num país em que cerca de 70% da população vive no limiar da pobreza, a rádio é o meio mais acessível e mais usado para passar informações à população. Aqui, no interior da Guiné-Bissau, 150 quilómetros a leste da capital, tenta-se também sensibilizar o povo guineense para pôr fim a práticas que mancham internacionalmente o país. Em Bafatá, 86,9% das mulheres foram submetidas à mutilação genital feminina. É uma das duas zonas com maior prevalência, segundo o último relatório “MICS” (“Monitorização da Situação da Criança e da Mulher”), do Governo e da UNICEF, de 2018-2019.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate