
Organização da África ocidental, CEDEAO, ameaça intervir militarmente para repor a ordem no maior país da região do Sahel. Países vizinhos apoiam a nova situação
Organização da África ocidental, CEDEAO, ameaça intervir militarmente para repor a ordem no maior país da região do Sahel. Países vizinhos apoiam a nova situação
Jornalista de Internacional
Os putschistas que depuseram o Presidente Mohamed Bazoum e tomaram o poder no Níger no passado dia 26 de julho, denominados Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), ainda não clarificaram os seus objetivos. Permanecem muitas perguntas por responder, quando é claro para um número de analistas internacionais que a questão da “insegurança” evocada no comunicado à nação pelo líder do CNSP, Abdorahamane Tiani, é um cliché dos golpes no Sahel.
Apesar de o Níger ter tido a sua porção de insegurança na região, e de ter sofrido um total de cinco atentados desde que se tornou independente de França, em 1960, “tem vivido melhores condições do que os seus vizinhos governados por juntas” e “as reformas políticas em vigor desde 2013 asseguraram algum nível de inclusão”, defende Fidel Amakye Owuso, analista de relações internacionais e segurança da Universidade de Acra, Gana, num texto publicado quatro dias após o golpe no Níger na rede Linkedin. Lembra, de caminho, que nos vizinhos Mali, Burkina Faso e até Chade, “os militares atribuíram à insegurança a sua presença nos palácios presidenciais”. Apesar disso, diz, a tomada das rédeas do poder pelos militares “não melhorou a segurança em nenhuma circunstância”.
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