Desde que o Tribunal Supremo espanhol o condenou, em 2012, a 11 anos de inabilitação como juiz por investigar os crimes do franquismo e por prevaricar na instrução do maior caso de corrupção política em Espanha — algo que o Comité de Direitos Humanos da ONU considerou “arbitrário, carente de independência e imparcialidade judicial” —, Baltasar Garzón dedica-se a causas ligadas aos direitos humanos. É assessor, desde 2024, do Grupo de Haia, conjunto de países do Sul global em defesa de Gaza, que visa travar “as políticas de extermínio, de fome e de autêntico genocídio” em Gaza. Conhecedor da legislação internacional, é um dos mais incansáveis críticos de Benjamin Netanyahu, que prevê que acabe “sentado num tribunal de justiça”. A sua capacidade de investigar delitos como crimes contra a Humanidade rende-lhe grande reputação internacional.
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