Um sismo de magnitude 8,8 atingiu a costa russa esta terça-feira, fazendo disparar alarmes em vários países. Foi o abalo mais forte desde 1952 na península de Kamchatka, uma das zonas de maior atividade vulcânica do planeta, e o sexto mais intenso registado no mundo desde 1900.
Foram emitidos alertas de tsunami em países banhados pelo Pacífico, entre eles Filipinas, China, Peru ou México. Os Estados Unidos da América (EUA) emitiram uma série de alertas de diferentes níveis ao longo de grande parte da sua costa oeste, do Alasca até à Califórnia. O governador do Havai pediu aos moradores que procurem terrenos mais altos. Também pode haver tsunamis de um a três metros no Chile, Costa Rica, Polinésia Francesa e outros arquipélagos. Ondas de até 1,3 metros atingiram o Japão, cujas autoridades alertaram que poderão surgir vagas maiores.
Athanassios Ganas, diretor de investigação do Observatório Nacional de Atenas, afirma que o mecanismo do sismo indica a rutura de uma falha inversa, “onde o bloco superior [Kamchatka] se moveu sobre a placa do Pacífico em subsidência [afundamento]”. A magnitude do sismo foi de 8,8, pelo que “a rutura certamente deslocou o fundo do oceano vários metros, o que causou ondas de tsunami de vários metros de altura”.
A grande extensão da rutura (pelo menos 500 quilómetros) do fundo do oceano levou à criação das ondas de tsunami. A sua propagação é vigiada pelo Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, que emitiu alertas para o Havai, Costa Oeste dos EUA, Indonésia e outras áreas.
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