Exclusivo

Internacional

Cimeira do G7 termina sem avanços nos “temas quentes”, Trump saiu quando “ainda havia muito para discutir”

Da esquerda para direita, o primeiro-ministro japonês, a primeira-ministra italiana, o presidente francês, o primeiro-ministro canadiano, o presidente norte-americano, o primeiro-ministro britânico e o chanceler alemão
Da esquerda para direita, o primeiro-ministro japonês, a primeira-ministra italiana, o presidente francês, o primeiro-ministro canadiano, o presidente norte-americano, o primeiro-ministro britânico e o chanceler alemão
Chip Somodevilla

Acabou esta terça-feira a reunião dos líderes dos sete países mais industrializados do mundo, mas o encontro não alcançou resultados concretos sobre o conflito entre Israel e Irão, a guerra na Ucrânia, as sanções contra a Rússia ou as tarifas comerciais. Volodymyr Zelensky voou para o Canadá para participar na cimeira do G7 e falar com Donald Trump, mas a saída antecipada do Presidente dos Estados Unidos impediu a “reunião amigável”

Cimeira do G7 termina sem avanços nos “temas quentes”, Trump saiu quando “ainda havia muito para discutir”

Mara Tribuna

Com Lusa

Com o conflito entre Israel e o Irão, o prolongar da agressão militar na Ucrânia e a guerra comercial imposta pelos Estados Unidos, havia expectativas para a 51.ª cimeira do G7 — o grupo das sete nações mais industrializadas do mundo —, a primeira em que Donald Trump participou durante o seu segundo mandato. No entanto, a reunião, que terminou esta terça-feira em Kananaskis, no Canadá, ficou marcada pela saída antecipada do Presidente americano e pela ausência de resultados concretos nos “temas quentes” da agenda.

“O objetivo mais importante será que as sete maiores nações industriais do mundo cheguem a acordo e tomem medidas”, afirmara o chanceler alemão, Friedrich Merz, antes de participar na sua primeira cimeira do G7. Dadas as circunstâncias atuais, o encontro era visto como teste à unidade das principais potências democráticas. O consenso falhou, sobretudo com os Estados Unidos. No final, não foi emitido comunicado conjunto, apesar das conversações “francas e abertas”.

Segunda-feira à noite — final do primeiro dia —, já depois de Trump se ter ido embora, surgiu uma declaração sobre o conflito no Médio Oriente. O “Irão é a principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região”, “nunca pode ter uma arma nuclear”, e “Israel tem o direito de se defender”, defendeu o G7. “Apelamos a que a resolução da crise no Irão conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, escreveram os líderes do grupo, que inclui Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

Não foi divulgado nenhum texto semelhante sobre a guerra na Ucrânia e, segundo o anfitrião Canadá, tal deveu-se aos Estados Unidos. Não houve “nenhuma declaração separada [sobre a Ucrânia] porque os americanos queriam diluí-la”, adiantou fonte do Governo canadiano à agência France-Presse (AFP), sob anonimato. Os outros seis membros concordaram com uma “linguagem forte”, mas um comunicado conjunto exigiria a aprovação dos Estados Unidos, explicou.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mtribuna@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate