David Le Breton, professor de sociologia na Universidade de Estrasburgo, e que, em português, lançou vários livros (“Rostos: Ensaio de Antropologia”, “Desaparecer de si”, “Antropologia do corpo”, “Antropologia das emoções”, “Antropologia da dor”, “Adeus ao corpo”), garante, em entrevista ao Expresso, que o entretenimento venceu, e a educação não tem resposta. “As crianças que todos os dias estão horas em frente aos ecrãs sem mediação sofrem atrasos cognitivos, perturbações da linguagem e tendência para a impulsividade”, diz o autor de “O Fim da Conversa? A palavra numa sociedade espectral” (tradução livre, da obra das Edições Métailié). Naquela obra, Le Breton refletiu sobre as consequências do uso permanente do smartphone. Para o autor, o sofrimento dos adolescentes é antigo, mas “aumentou prodigiosamente com o uso generalizado de smartphones por volta de 2009”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt