Depois de quase dez anos sob liderança de Justin Trudeau, Mark Carney assume o Partido Liberal e o cargo de primeiro-ministro do Canadá. A tarefa não será fácil, sobretudo com um Donald Trump a revelar ambições expansionistas e o desejo de ver o país vizinho transformado no 51º estado norte-americano. A vitória foi esmagadora, o pior será o amanhã
Jornalista
Nasce a 16 de março de 1965, em Fort Smith, noroeste do Canadá. Tem três irmãos, a mãe segue carreira na Educação e, com 15 anos, vê o pai concorrer às eleições federais e ficar em segundo lugar.
Licencia-se em Economia no prestigiado campus de Cambridge, a três quilómetros do centro de Boston, e dali segue para a Universidade de Oxford, no Reino Unido, onde obtém os graus de mestre (1993) e de doutor (1995).
Casa-se com Diana Fox, economista britânica especializada em países em desenvolvimento, com quem terá quatro filhas. Conhecem-se em Oxford, no Ice Hockey Club. Diana destaca-se como patinadora e atiradora e Carney é guarda-redes da equipa masculina. Começa a trabalhar na Goldman Sachs.
Depois de 13 anos na Goldman Sachs, em Boston, Nova Iorque, Tóquio e Toronto, troca o universo privado pelo serviço público, ao ser nomeado vice-governador do Banco do Canadá.
Assume a presidência do Banco do Canadá, onde fica cinco anos. Dois anos mais tarde é eleito “o canadiano mais confiável” pelos editores da “Reader’s Digest” canadiana.
O chanceler do Tesouro, George Osborne, anuncia que Carney será o primeiro não britânico a presidir à instituição, estabelecida desde 1694. Fica sete anos e lá está quando acontece o ‘Brexit’. Nem sempre a relação com os súbditos de Sua Majestade é pacífica.
Lança o livro “Value(s) — Building a better world for all”, em que propõe mudanças radicais em nome da construção de uma sociedade e uma economia baseadas não em valores de mercado, mas em princípios humanistas.
Vence a eleição para liderar o Partido Liberal e vai assumir o cargo de primeiro-ministro do Canadá. Para trás deixa a ex-ministra das Finanças. E promete que os canadianos nunca serão anexados pelos Estados Unidos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CAMartins@expresso.impresa.pt
