Por causa da morte de Jimmy Carter, a cerimónia de abertura do ano judicial em Portugal será adiada uma semana. A causa não é direta: o Presidente da República é sempre o último a discursar na sessão solene mas desta vez Marcelo Rebelo de Sousa não podia estar no Supremo Tribunal de Justiça no dia marcado. A 9 de janeiro de 2025 é sepultado Jimmy Carter, o 39º Presidente dos Estados Unidos, que cumpriu um único mandato e conseguiu ser mais popular depois de ter saído da Casa Branca do que enquanto esteve no poder.
Marcelo Rebelo de Sousa vai representar Portugal no último dia das cerimónias fúnebres e regressa a Portugal a tempo de discursar perante o meio judicial, na sessão remarcada para 13 de janeiro.
As cerimónias fúnebres de Carter começaram este sábado na Georgia, terra natal do democrata que nunca escondeu - pelo contrário - as suas origens rurais.
De acordo com o New York Times, o cortejo fúnebre com o caixão coberto com a bandeira americana das “stars and stripes” começou no Centro Médico Phoebe Sumter. Ex-agentes do Serviço Secreto que serviram o Presidente agora morto caminharam ao lado do carro funerário para o proteger uma última vez.
O cortejo, em que participam os quatro filhos e os netos e bisnetos de Carter, passará pela casa de infância de Jimmy e os sinos do National Park Service tocarão 39 vezes, numa alusão à presidência Carter.
Segundo a Agência Lusa, depois de passar por Plains - a terra natal do Prémio Nobel da Paz de 2002 - o cortejo seguirá este sábado para Atlanta com paragens no Capitólio da Georgia e no Carter Center (organização sem fins lucrativos que Carter fundou em 1982), onde será realizado um serviço religioso e instalada uma capela mortuária.
O féretro ficará em câmara ardente durante 60 horas e na terça feira, 7 de janeiro, seguirá para a capital americana, Washington DC. As cerimónias terminam com o funeral de Estado a 9 de janeiro, com a presença do Presidente americano cessante, Joe Biden, do Presidente eleito, Donald Trump, e de outros altos dignitários de todo o mundo, incluindo o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.
Depois, Jimmy Carter será sepultado na Georgia, a 900 quilómetros de distância da capital política e da sede do poder americano. O ex-presidente, que morreu de causas decorrentes da idade, será sepultado ao lado da mulher, Rosalynn, desaparecida há pouco mais de um ano. As cerimónias terminam com uma homenagem da Marinha, onde Carter serviu como tenente.
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