Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que enviou ao seu homólogo dos Estados Unidos da América, Joe Biden, "uma mensagem de sentidas condolências" pelo falecimento de Jimmy Carter, aos 100 anos.
Marcelo Rebelo de Sousa "destacou os esforços incansáveis de Jimmy Carter na promoção dos direitos humanos e da paz na cena internacional, temas a que dedicou parte significativa da sua vida após a conclusão da sua presidência e nos anos finais da sua vida". "Invocou ainda o apoio simbólico de Jimmy Carter, e da sua administração, à consolidação democrática em Portugal", refere-se.
Também Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos da América, recordou o antigo governante como "um homem de princípios, de fé e de humildade". "A América e o mundo perderam um extraordinário líder, estadista e humanitário", reagiu o atual Presidente dos EUA com a sua mulher, Jill, num comunicado.
"Para todos aqueles que procuram saber o que significa viver uma vida de propósito e significado (...) estudem Jimmy Carter, um homem de princípios, de fé e de humildade", frisou na mesma nota.
Donald Trump, Presidente eleito dos Estados Unidos, reagiu considerando que o antecessor "fez de tudo o que estava ao seu alcance para melhorar a vida de todos os americanos" e que "os desafios que enfrentou como presidente surgiram num momento crucial para o país".
"Por isso, todos temos uma dívida de gratidão com ele", escreveu Trump, numa mensagem partilhada na sua rede social "Truth Social", na qual também se refere ao "clube muito exclusivo" a que pertencem os presidentes dos Estados Unidos e à "enorme responsabilidade" que só eles conhecem de "liderar a maior Nação da História".
Os ex-presidentes democratas Bill Clinton e Barack Obama e o republicano George W. Bush manifestaram condolências.
"O Presidente Carter ensinou-nos a todos o que significa viver uma vida de graça, dignidade, justiça e serviço", declarou este domingo o ex-presidente Barack Obama (2009-2017) nas redes sociais. "Michelle e eu enviamos os nossos pensamentos e orações à família Carter e a todos os que amaram e aprenderam com este homem extraordinário", escreveu Obama na rede social X.
Por seu lado, o antigo presidente Bill Clinton (1993-2001) e a mulher e ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, destacaram a longa carreira política e humanitária do antigo líder democrata.
"Hillary e eu lamentamos o falecimento do Presidente Jimmy Carter e damos graças pela sua longa e boa vida", afirmou o antigo presidente num comunicado, divulgado nas redes sociais.
"Estarei sempre orgulhoso de o ter agraciado com a Medalha da Liberdade, a ele e a Rosalynn [Carter, esposa], em 1999, e de ter trabalhado com ele nos anos que se seguiram à sua saída da Casa Branca", sublinhou ainda Bill Clinton.
"O Presidente Carter dignificou o seu cargo. E os seus esforços para deixar um mundo melhor não terminaram com a sua presidência. O seu trabalho com a Habitat for Humanity e o Centro Carter constituíram um exemplo de serviço que inspirará os americanos nas gerações vindouras", afirmou o antigo presidente George W. Bush (2001-2009).
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, recordou o legado na defesa dos direitos e dignidade humana de Carter.
"O Presidente Jimmy Carter colocou os direitos humanos, a dignidade humana e a paz no centro da sua vida política", escreveu Costa na sua conta na rede social X (ex-Twitter). O seu legado, acrescentou o ex-primeiro-ministro português, "é uma inspiração".
Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recordou Carter como o "incansável defensor da paz e dos direitos humanos", sendo o Nobel da Paz "o testemunho do seu papel decisivo na resolução de conflitos que mudaram o curso da história".
"O seu legado perdurará, sendo uma inspiração para muitos em todo o mundo", escreveu na sua conta na rede social X, concluindo que "a Europa está de luto".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar "profundamente triste" com a morte de Jimmy Carter, de quem destacou o legado na paz e segurança mundiais.
Alemanha, França e Reino Unido lamentam morte do antigo Presidente dos EUA
Também as autoridades da Alemanha, França e Reino Unidos lamentaram, esta segunda-feira, a morte, no domingo, do antigo Presidente dos Estados Unidos e Nobel da Paz Jimmy Carter, aos 100 anos.
“Os Estados Unidos perderam um combatente empenhado pela democracia. O mundo perdeu um grande mediador para a paz no Médio Oriente e para os direitos humanos”, afirmou o líder alemão, Olaf Scholz, na rede social X.
O rei Carlos III do Reino Unido elogiou a “dedicação e humildade” do antigo Presidente dos Estados Unidos. Numa mensagem enviada ao Presidente norte-americano, Joe Biden, e ao povo norte-americano, o chefe de Estado britânico disse que recebeu “com grande tristeza” a notícia da morte de Carter.
“Era um servidor público empenhado e dedicou a sua vida à promoção da paz e dos direitos humanos”, referiu a nota do rei divulgada nos meios de comunicação social.
“Os meus pensamentos e orações estão com a família do Presidente Carter e com o povo norte-americano neste momento”, acrescentou Carlos III.
Numa mensagem na rede social X, o Presidente francês, Emmanuel Macron, enviou as suas condolências à família de Carter - que esteve na Presidência dos EUA entre 1977 e 1981 - e “ao povo norte-americano”.
“Durante toda a sua vida, Jimmy Carter defendeu os direitos das pessoas mais vulneráveis e lutou incansavelmente pela paz”, disse Macron.