Tiroteio junto ao local onde Trump jogava golfe investigado como aparente "tentativa de homicídio". Suspeito detido

Não há registo de feridos. Autoridades já detiveram suspeito, FBI investiga como potencial tentativa de homicídio
Não há registo de feridos. Autoridades já detiveram suspeito, FBI investiga como potencial tentativa de homicídio
Com lusa
A campanha republicana deu conta este domingo de um tiroteio na “vizinhança” do campo de golfe de Donald Trump, na Florida. Sem adiantar mais detalhes, o diretor de comunicação, Steven Cheung, assegurou que o candidato presidencial se encontra em segurança.
“Trump está em segurança após tiros na sua vizinhança. Neste momento, não haverá mais detalhes”, informou apenas o porta-voz ao começo da noite.
Algumas horas após o incidente, os serviços secretos dos Estados Unidos abriram fogo depois de terem avistado uma pessoa com uma arma de fogo perto do clube de golfe. A pessoa foi avistada com uma arma fugiu num SUV e foi, entretanto, detida num condado vizinho pelas forças policiais locais, confirmaram as autoridades em conferência de imprensa. A investigação continua em curso e o FBI está a tomar conta da ocorrência como uma potencial tentativa de homicídio.
O incidente ocorreu pelas 14h (19h em Lisboa) e,de acordo com a CNN Internacional, Trump estava a jogar golfe quando o som dos disparos foi ouvido. Os seguranças estavam alguns buracos à sua frente, quando repararam na pessoa com a arma de fogo que parecia empurrar o cano da espingarda através da linha da vedação. Então, os agentes dispararam.
A pessoas deixou cair a arma (uma AK, que foi depois recuperada pelos agentes) e seguiu para um carro. Mais tarde, foi parado pela polícia local e detido.
Não foram registados feridos. Não qualquer indicação de se o suspeito chegou mesmo a disparar.
O local foi logo encerrado, sem entradas ou saídas. E Trump retirado de imediato e levado para uma sala dentro do clube.
O jornal norte-americano “The Washington Post” deu ainda conta que a Casa Branca foi informada sobre o incidente. “O Presidente e a vice-Presidente estão aliviados por estar em segurança. Vão continuar a ser atualizados."
Há dois meses, em julho, Donald Trump foi alvo de uma “tentativa de assassínio”, confirmou o FBI. O ataque aconteceu num comício de campanha na Pensilvânia e o ex-presidente ficou ferido na orelha direita (a bala passou de raspão). Um apoiante republicano morreu e o atirador foi abatido.
Desde a tentativa de assassinato em julho, o candidato republicano tem tido uma segurança reforçada. Quando esteve na Trump Tower, em Nova Iorque, uma fila de camiões estacionou num muro no exterior do edifício, e nos comícios ao ar livre fala agora por detrás de um recinto de vidro à prova de bala.
A AP tentou obter junto da campanha de Trump informações sobre o estado de segurança e a localização do senador do Ohio, JD Vance, companheiro de candidatura de Trump, candidato à vice-presidência, mas não obteve ainda resposta.
O Presidente Joe Biden e a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris foram informados sobre os disparos registados perto do campo de golfe de Trump e manifestaram-se "aliviados" por estar em segurança, segundo a Casa Branca, citada pela AP.
A AP cita uma fonte ocular no exterior do campo de golfe de Trump em West Palm Beach, segundo a qual "5 SUVs pretos sem identificação bloquearam um Mercedes cinzento em frente ao campo de golfe. Havia cerca de 20 ou mais carros da polícia a circular nas ruas próximas", acrescentou.
Notícia atualizada às 22h44
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