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Ameaça terrorista em Viena: “mesmo que os concertos da Taylor acontecessem, não conseguiríamos desfrutar plenamente”

Ameaça terrorista em Viena: “mesmo que os concertos da Taylor acontecessem, não conseguiríamos desfrutar plenamente”
MAX SLOVENCIK/EPA
O desmantelamento do plano para um ataque terrorista na passagem da ‘The Eras Tour’ pela capital austríaca levou ao cancelamento dos três concertos agendados. A notícia deixou milhares de swifties consternados, mas certos de que “este foi o melhor desfecho possível para todos”, descrevem dois amigos eslovenos ao Expresso

Maria Monteiro

Jornalista

Aljaž Marn não podia imaginar a verdade que carregava na mala ao levar uma t-shirt com a inscrição “A lot going on at the moment” (“Muita coisa a acontecer neste momento”, em português) – uma referência ao videoclip do tema “22”, de Taylor Swift, e réplica de uma das t-shirts que a cantora usa durante o ato dedicado ao álbum “Red” (2012) – para Viena, onde iria assistir a dois concertos da cantora norte-americana a 8 e 10 de agosto.

O esloveno de 29 anos, a viver atualmente em Palma de Maiorca, planeara reencontrar-se ali com a melhor amiga, residente na Áustria, para quatro dias memoráveis acompanhados pela banda sonora com que cresceram. Chegou à cidade na quarta-feira à tarde e, passadas algumas horas, surgiram online as primeiras informações sobre um possível atentado nos concertos. Nessa altura, foram anunciadas medidas de segurança adicionais para os eventos.

“Primeiro, não dei importância. Pensei que os controlos mais rigorosos seriam suficientes, mas quando anunciaram os cancelamentos apercebi-me realmente da gravidade da situação”, conta em entrevista por escrito ao Expresso. Também Teja Štaleker Lekše, de 30 anos, fala da dificuldade em “acreditar que isto pudesse acontecer num país tão seguro”. “Inicialmente, achei que era uma piada [de mau gosto] ou um engano”, relata.

Depois da incredulidade, veio o abalo de perceber que, sem a intervenção atempada das autoridades austríacas, ambos poderiam ter estado no centro de um ataque potencialmente causador de um grande número de vítimas, já que eram esperadas cerca de 65 mil pessoas em cada um dos concertos, mais 15 a 20 mil pessoas nas proximidades do Estádio Ernst-Happel. “Normalmente vemos estas coisas nas notícias e nunca esperamos que aconteça quando vamos a um concerto”, observa Aljaž. “Quando é perto de nós, é um choque.”

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