Internacional

Arranca na Grécia reforma que permite semana de seis dias de trabalho

Arranca na Grécia reforma que permite semana de seis dias de trabalho
Alkis Konstantinidis/Reuters

Prolongamento do horário de trabalho só se aplicará a determinados setores, como as fábricas ou as pequenas empresas, bem como às empresas que prestam serviços ininterruptos

A Grécia tem desde esta segunda-feira em vigor uma reforma legislativa que permite uma semana de trabalho de seis dias até um total de 48 horas de trabalho voluntário, uma iniciativa para melhorar a produtividade e atrair investimento estrangeiro. A iniciativa do governo conservador liderado pelo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis tem também como objetivo melhorar a utilização de trabalhadores qualificados e reduzir a economia paralela.

A inflação obrigou muitos trabalhadores a procurar um segundo emprego, mas esta medida visa melhorar as condições de um trabalho único. O prolongamento do horário de trabalho só se aplicará a determinados setores, como as fábricas ou as pequenas empresas, bem como às empresas que prestam serviços ininterruptos. O turismo e o setor da hotelaria e restauração foram excluídos.

A medida foi duramente criticada pelos sindicatos, que a consideram contrária aos direitos laborais e sublinham que vai contra a tendência registada noutros países europeus, como a Alemanha, a Bélgica, a França, a Islândia e o Reino Unido, que propõem a redução do número de horas semanais para menos de 40 ou mesmo a redução do número de dias de trabalho de cinco para quatro, com turnos de dez em vez de oito horas.

Para Akis Sotiropoulos, do sindicato dos funcionários públicos Adedy, "isto é uma barbaridade". "Não faz qualquer sentido. Quando quase todos os outros países civilizados aplicam uma semana de quatro dias, a Grécia decide ir na direção oposta", lamentou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate