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Carros elétricos chineses: depois da UE e dos Estados Unidos, Canadá também planeia taxas alfandegárias adicionais

SU7, da Xiaomi, marca a estreia da empresa chinesa nos carros elétricos
SU7, da Xiaomi, marca a estreia da empresa chinesa nos carros elétricos
Xavi Torrent / Getty Images

Á semelhança da União Europeia e dos vizinhos norte-americanos, o Canadá quer impor taxas alfandegárias adicionais sobre veículos elétricos fabricados na China para proteger o setor automóvel do país, que enfrenta “a concorrência desleal da política intencional de sobrecapacitação da China”

O Canadá anunciou na segunda-feira planos para impor taxas alfandegárias adicionais sobre veículos elétricos e baterias fabricados na China, seguindo os passos já dados pelos EUA e União Europeia para conter as importações baratas daquele país.

O setor automóvel canadiano está a "enfrentar a concorrência desleal da política intencional de sobrecapacitação da China que mina a capacidade da indústria de veículos elétricos canadiana de competir nos mercados doméstico e global", disse a ministra das Finanças, Chrystia Freeland, em conferência de imprensa.

Segundo a vice-primeira-ministra, "os produtores chineses estão a gerar um excesso de oferta global" que "prejudica os fabricantes de veículos elétricos em todo o mundo".

Em 2 de julho terá início uma consulta à indústria e aos sindicatos do setor para definir possíveis ações, tais como uma taxa adicional à importação dos veículos elétricos chineses, torná-los inelegíveis para apoios federais e restrições ao investimento estrangeiro.

Freeland comprometeu-se a agir "para nivelar as condições de concorrência, evitar o excesso de oferta e impedir trânsitos através do Canadá", onde o setor automóvel está ligado do dos EUA.

A União Europeia anunciou, em meados do mês, que está disposta a impor taxas aduaneiras adicionais que iriam até aos 38% às importações chinesas de carros elétricos, a partir de 04 de julho, se "as negociações com as autoridades chinesas não resultarem numa solução eficaz".

Após quase nove meses de investigação, Comissão Europeia acusa Pequim de ter favorecido ilegalmente os seus fabricantes de automóveis, ao que a China ripostou com o direito de apresentar uma queixa à Organização Mundial do Comércio.

Em maio, Pequim manifestou a sua "forte desaprovação" à decisão norte-americana de aumentar os direitos aduaneiros dos seus veículos de 25% para 100%, o que, segundo as autoridades chinesas, "afetará seriamente o ambiente de cooperação bilateral".

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