Um dos primeiros líderes dos Brics (bloco de países emergentes) a manifestar-se a propósito da morte do russo Alexei Navalny, o Presidente Lula da Silva disse este domingo que era importante evitar "especulações" e aguardar os resultados da autópsia.
"Acho que é uma questão de bom senso (...) Se a morte foi suspeita, é preciso investigar primeiro para saber de que morreu o cidadão", disse o presidente brasileiro aos jornalistas na capital da Etiópia, Adis Abeba, onde participa na cimeira da União Africana.
"Os peritos forenses vão dizer qual a causa da morte. Então, na altura, poderão julgar", considerou.
Lula, de 78 anos, tem sido criticado pelo Ocidente pela sua tolerância com o presidente russo Vladimir Putin.
Putin é também membro do bloco Brics, acrónimo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ao qual se juntaram recentemente outros países emergentes.
Lula sublinhou que Alexei Navalny podia estar doente ou ter outro problema de saúde, mostrando-se apreensivo com a "banalização" de acusações de homicídio.
"Não quero especulações", disse.
"Compreendo os interesses daqueles que acusam imediatamente (...) mas não é esse o meu lema".
Nikki Haley ataca Trump por silêncio sobre Navalny
Nikki Haley, única concorrente de Donald Trump nas primárias republicanas nos Estados Unidos, criticou este domingo o ex-presidente pelo seu silêncio relativamente à morte do opositor russo Alexei Navalny.
"O facto de ele não dizer nada sobre Navalny [mostra] que ou está do lado do [presidente russo Vladimir] Putin e acha que não há problema em matar os seus oponentes políticos, ou simplesmente pensa que não é um assunto importante", disse Haley em declarações ao canal de televisão ABC.
A morte, conhecida na sexta-feira, de Alexei Navalny, numa prisão no Ártico, provocou uma onda de indignação dos países ocidentais, tendo o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmado que Putin é "responsável pela morte de Navalny" aos 47 anos.
Já o republicano Donald Trump, antecessor do democrata Biden na Casa Branca, onde espera regressar, não disse uma palavra este fim de semana sobre a morte de Navalny.
A perguntas de jornalistas, a equipa de campanha de Trump respondeu encaminhando para a última publicação de Donald Trump na sua rede Truth Social: "A América já não é respeitada porque temos um presidente que é incompetente, fraco e não compreende o que o mundo pensa".
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