O maior exercício militar da NATO desde a Guerra Fria arrancou quarta-feira, num momento de repetidos alertas sobre os riscos de escalada do conflito com a Rússia nos próximos anos. A iniciativa chama-se “Steadfast Defender 2024” e conta com a participação de 90 mil militares dos 31 Estados-membros. A Suécia – que ainda precisa de receber luz verde da Hungria para integrar a Aliança Atlântica, tendo-a recebido esta semana da Turquia – também participa.
Segundo a organização, o exercício militar conjunto vai mostrar a capacidade da NATO em destacar forças da América do Norte e de outras zonas da Aliança para reforçar a defesa da Europa e a sua capacidade de “realizar e manter operações complexas em vários domínios ao longo de vários meses”, numa extensão de vários quilómetros e “em quaisquer condições”.
Patrick Bury, docente na Universidade de Bath (Reino Unido), olha de forma positiva para a iniciativa, descrevendo que exercícios de grande dimensão revelam possíveis falhas e têm efeito dissuasor. “Acho muito bom que a NATO tenha planeado isto e o faça, para mostrar à Rússia ‘isto é o que conseguimos fazer’. O mais importante é o que aprendemos ao fazê-lo”, disse ao Expresso, remetendo para os ajustes de exercícios das últimas três décadas a novas tecnologias, sistemas logísticos e mudanças militares. Dado que vão decorrer entre janeiro e maio, antecipa que haja diferentes fases.
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