Tudo começou com um aviso. A 14 de novembro, Abdul-Malik Badr al-Din al-Houthi, líder dos hutis, o grupo rebelde que controla hoje uma parte importante do território iemenita, ameaçou atacar qualquer navio ou embarcação com ligações a Israel que transitasse pelo Mar Vermelho e pelo estreito de Bab al-Mandeb. A apertada passagem marítima de 29 quilómetros de largura que separa o continente africano da península arábica é o lugar de passagem de 12% do comércio mundial.
Dias depois, a 19 de novembro, um comando armado huti aterrou de helicóptero no “Galaxy Leader”, um cargueiro de transporte de automóveis que transitava pelo Mar Vermelho, e tomou o navio. A captura foi filmada pelos combatentes, e o navio foi levado para o porto iemenita de Hodeidah, onde se transformou numa atração turística para muitos iemenitas e num troféu de propaganda para o grupo armado. O ataque marcou o início de uma batalha naval no Mar Vermelho que já destabilizou o comércio entre a Europa e a Ásia e atraiu as marinhas de vários países para trocas de fogo na região.
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