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Eleições em Taiwan: falta de maioria parlamentar gerará “contratempos”, relações com a China sem mudanças previstas, e a perda de um aliado

Eleições em Taiwan: falta de maioria parlamentar gerará “contratempos”, relações com a China sem mudanças previstas, e a perda de um aliado
EPA / DANIEL CENG

William Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista, venceu as eleições presidenciais de sábado. O desafio está agora no Parlamento: o partido não obteve maioria nas legislativas. Depois de os resultados serem conhecidos, houve movimentações geopolíticas: avisos da República Popular da China contra iniciativas “para a independência”, e o anúncio de que Nauru cortava laços diplomáticos com a ilha

Eleições em Taiwan: falta de maioria parlamentar gerará “contratempos”, relações com a China sem mudanças previstas, e a perda de um aliado

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

Quando os resultados das presidenciais de Taiwan saíram, este sábado, não houve surpresas. À semelhança do que sugeriam as sondagens mais recentes, a vitória foi para o vice-presidente William Lai Ching-te, que concorreu pelo Partido Democrático Progressista (DPP) e conquistou cerca de 40% dos votos.

Quais os principais temas que levaram às urnas cerca de 70% dos 20 milhões de eleitores e deram a vitória ao candidato do DPP? Apesar da atenção internacional dada às tensões na região, William Hurst, professor de desenvolvimento chinês na Universidade de Cambridge, não considera que soberania, relações dos dois lados do Estreito ou política externa tenham sido necessariamente o fator principal a motivar o voto.

“Penso que muito é doméstico e resulta do histórico do DPP em questões como apoio social, ambiente e atenção a desigualdades sociais em geral. Todas essas coisas ressoam fortemente junto de eleitores de baixos rendimentos, e de muitos eleitores jovens progressistas”, observou o académico em declarações ao Expresso.

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